sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Estudo: gamers assíduos têm cérebro diferente de outras pessoas

Pessoas que usam o videogame com frequência possuem estruturas cerebrais diferenciadas dos que não jogam diariamente
De acordo com um estudo publicado no jornal Translational Psychiatry na última terça-feira (15/11), adolescentes que passam muito tempo jogando videogames têm estruturas cerebrais diferentes de pessoas que não jogam frequentemente, além de altos níveis de atividade em áreas do cérebro ligadas a recompensas conquistadas nas partidas.

Os pesquisadores analisaram exames clínicos de cerca de 150 pessoas com idade média de 14 anos que jogam muito ou moderadamente. O estudo apontou que os gamers mais assíduos possuem um maior volume de massa cinzenta numa parte fundamental de seus cérebros. Dessa forma, os resultados concluem que esses usuários se aprofundam mais nos jogos, tanto pela diversão quanto pela busca de recompensas.

Nos últimos anos, os consoles se tornaram muito populares, especialmente entre jovens e adolescentes. O uso médio semanal dos aparelhos por essa turma, segundo o estudo, foi de cerca de 12 horas por semana. No entanto, há um debate permanente entre médicos e pesquisadores sobre o uso excessivo dos dispositivos, que muitas vezes é reconhecido como vício ou uma forma de distúrbio mental.

Os estudiosos, ao encontrarem diferentes estruturas cerebrais nos gamers mais assíduos se comparados com pessoas que não jogam frequentemente, não foram capazes de dizer se o exagero nos videogames está relacionado a fatores como ansiedade, por exemplo, ou se foi uma mudança que surgiu por causa do hábito de jogar constantemente.

Mas de acordo com Henrietta Bowden-Jones, da equipe de divisão de neurociência do Imperial College (Londres), os resultados foram altamente relevantes para os médicos estudarem mais sobre os jogos e outros vícios, dando a eles uma melhor compreensão das possíveis opções de tratamento a longo prazo.

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